terça-feira, 3 de agosto de 2010

... Palavras ...

Palavras

Plenas, sensatas, insensatas, curiosas, forçadas, amadurecidas, duvidosas, respeitosas, burras, boçais, leigas ...

Mas sempre ... Palavras!

Muitas delas esperamos ouvir muito!

O sim na frente do padre. O eu te amo no fim da noite. O me liga depois da briga. O obrigado depois do esforço. O parabéns depois da conquista! Palavras e sempre palavras!

Palavras que tem o dom de nos remeter de um lugar a outros sem sairmos de nós mesmos. Que nos aconchega na hora da necessidade, que nos fortalece na hora da angustia, que nos vem como fortaleza na hora do cativo.

Palavras que muitas vezes querem dizer tudo ... Mas também podem não dizer absolutamente NADA!

Que podem mudar o nosso humor, mas concomitantemente podem nos estarrecer durante dias, nos levar a leitos e quem sabe a óbito!

Isso são ... Palavras!

Palavras essas, desmedidas dentro do processo de entendimento do outro. É nesse momento que a comunicação falha, que o objetivo não é alcançado e que uma das partes sofre. No amor, e apenas no amor é onde a comunicação quando é falha, apenas uma parte sofre. Pois é ela que não entende, é ela que não assimila é ela que não percebe!

E não percebe não porque não se tenha dito, mas porque no amor existem coisas que precisam ser apenas percebidas ... sentidas ...

E nesse processo de “dois” nem todos estão prontos para perceber o outro no silêncio.

Perceber o outro na distância, no olhar, no abraço ... Isso se chama intimidade, ou empatia se preferir. Não costumo rasgas meus fardos, nem aliviar minha bagagem, pois acredito que é nela que encontrarei as respostas para dar significado a determinadas palavras ... Determinadas pessoas.

São nelas que acredito encontrar a solução daquilo que me faz chorar, sofrer ... e por poucos minutos me faz sentir vontade de voar para o mais longe possível.

Penso que todas as respostas estão na alma ... Não no livro, na conversa, na terapia.

Nossas respostas foram tecidas por nós mesmos e é em nós mesmos que elas devem ser encontradas. Dentro daquilo que você chama de consciência. Dentro daquilo que você chama de coração. E quando a situação estiver fora do alcance lembre-se:

“Tudo são palavras! Foram elas que te deixaram assim, e são outras que tirarão você dessa situação. Apenas procure as páginas certas, tenho certeza que elas já estão escritas lá há muito tempo”