quarta-feira, 11 de abril de 2012

... O fardo da Expectativa ...



                                O FARDO DA EXPECTATIVA

Eu vou te falar a consequência e você tenta me dizer a causa, ok?
Mata sonhos e esperanças de cerca de 6 a 7 bilhões de pessoas no mundo. Não, não é a morte. Próxima!
Engana e desencoraja a maior parte da população do mundo. Não, não são os políticos. Próxima!
É a maior cadeia do mundo e aprisiona cerca de 1 milhão em cada cela, e olha que as selas são de no máximo 2 metros quadrados. Não, não é o Complexo Penitenciário do Estado de São Paulo.
Não acertou nhé? É difícil mesmo, pois eis que lhes apresento o maior complexo penitenciário do mundo:
“A PRISÃO DA EXPECTATIVA”
Danilo era um jovem que vivia bem, que comia bem, tinha um ótimo emprego e que morava apenas com sua mãe, Regina, que o amava e o tratava como rei. Ele ia à igreja todos os domingos e acreditava que estava no caminho certo. Mas algo o “aterrorizava”, talvez a palavra seja forte, mas não vejo melhor adjetivo para usar nesse momento: ELE ESTAVA NA “PRISÃO DA EXPECTATIVA”
Ele esperava demais. Esperava demais das pessoas, das coisas, dos seres, da natureza e de tudo que envolvia sua vida. Depositava suas vontades e anseios sobre as pessoas e, por certo, elas não respondiam a altura e nosso amigo, Danilo, ficava mal. Muito mal. Certa feita Danilo se apaixonou por Karla, uma moça vistosa, bonita, cheia de vida e de amor, que também se engraçou pelo rapaz. O relacionamento começou e logo Danilo já não conseguia ver em Karla uma mulher interessante. Ele pensava: “Ela não é o que eu imaginei” ou “ela não me liga todos os dias” ou “ela não se comporta como uma namorada deve se comportar” e por final, para declarar que seus anos na prisão da expectativa, iam se alongar, ele se lamentava: “Ela só me ama”. E claro, vocês já sabem o que Danilo fez: Terminou com a moça. Se ela sofreu? Nada! Logo ela encontrou alguém que vivia fora da prisão e que se contentava com apenas, amor.
Danilo é, de forma fictícia, todos nós. Quantas vezes em nossa vida não esperamos demais. Criamos muito em nosso imaginário e esquecemos que a vida que corre para nós é a mesma que corre para os outros. Que a vida que nos ensina diariamente sobre relacionamentos e posturas, também ensina a todas as outras pessoas. Cada um tem sua história,  seu jeito, sua forma de ver e observar as coisas; e esperar que as pessoas sejam aquilo que queremos é viver na prisão da expectativa.
O maior problema das pessoas que estão nessa situação, não é acreditar no novo. Ele vem normalmente e as mudanças acontecem sem que a nossa vontade, nisso seja levada em consideração. As pessoas, e eu não me retiro dessa lista, que sofrem com a expectativa, sofrem pelo que já se foi. Sofrem pelo que já está declarado, confirmado e assinado: ACABOU! NÃO TEM MAIS JEITO! É O FIM! E o que a criatura faz? Não entende. Sonha com a mísera possibilidade de retorno,  com a possibilidade da mudança, com a possibilidade que o outro mude porque você quer que ele mude. LEDO ENGANO!
O que está acabado, está acabado e continuar na situação apenas te leva, “ops” melhor dizendo, não te leva a lugar nenhum. Te amarra nas cordas da esperança inútil de que as coisas voltem a ser como eram. Que aquela pessoa volte para a sua vida e te trate como tratava. Que aquela mágoa que você causou seja esquecida. Mais uma vez, enganado. As pessoas podem sim voltar, mas elas NUNCA! E observe que usei caixa alta e repito: NUNCA! Voltarão da mesma forma. As coisas podem melhorar e se tornarem infinitamente mais graciosas do que se foi um dia? SIM! Mas isso implica crescimento. E com expectativa queridos: NÃO HÁ CRESCIMENTO! A expectativa nos tampa a visão, fecha-nos a mente. O que foi importante pra você, não quer dizer que tenha sido importante para o outro. E mesmo que tenha sido interessante não quer dizer, que o outro queira viver isso novamente.